Personagens e Fatos Históricos

Personagens e Fatos Hitóricos – Detalhada

Em continuidade ao artigo, Casa Levy de Pianos, Personagens e Fatos Hitóricos – Breve Resumo, a seguir você encontra maiores detalhes sobre os proprietários e personagens que fazem parte da história da musical Brasileira envolvidos diretamente com a Casa Levy de Pianos, seus proprietários e funcionários.

Alexandre Levy, um precursor do nacionalismo musical brasileiro, profundamente influenciado pela música de Robert Schumann, poderia ter se tornado o compositor mais querido do Brasil, se tivesse vivido mais que 28 anos. Suas obras são muito interessantes e importantes historicamente.

Alexandre Levy (10/novembro/1864 — 17/janeiro/1892) foi um compositor brasileiro do século XIX que viveu na cidade de São Paulo.O garoto cresceu num ambiente muito musical. Seu pai, Henrique Luis Levy, foi o fundador da Casa Levy, uma loja de música muito importante na vida cultural da cidade de São Paulo.

O primeiro professor de música de Alexandre Levy foi seu irmão Luis Levy, excelente pianista e também um bom compositor. Mais tarde, Alexandre estudou com Gabriel Giraudon, professor francês que vivia em São Paulo.

A cultura francesa deve ter influenciado Alexandre Levy. A família provavelmente falava francês em casa: seu pai era francês de nascimento e sua mãe vinha da parte francesa da Suíça. O compositor costumava dar títulos em francês às suas obras.

A música de Alexandre Levy mostra o quanto ele admirava Schumann. Mas suas obras são altamente originais e às vezes construídas em formas populares brasileiras (o caso do Tango Brasileiro) ou usam temas folclóricos brasileiros como matéria prima, o que o torna um pioneiro do nacionalismo musical brasileiro.

De fato, mesmo se sua arte é fundamentalmente européia, Alexandre Levy foi classificado por Mario de Andrade (talvez irresponsavelmente) como um compositor mais caracteristicamente brasileiro, juntamente com Antonio Carlos Gomes (1836-1896) e Alberto Nepomuceno (1864-1920), do que outros cujas tentativas de fazer música brasileira parecem mais uma concessão ao exótico, pois não conseguiam se libertar o suficiente das lições européias (Leopoldo Miguez (1850-1902), Henrique Oswald (1852-1923), Francisco Braga (1868-1945), João Gomes de Araújo, Barroso Neto (1881-1941) e Glauco Velásquez (1884-1914)).

Não se pode dizer que Alexandre Levy foi o primeiríssimo compositor a usar elementos populares brasileiros como base temática porque já em 1857 Antônio Carlos Gomes escrevia “Cayumba”, uma dança de negros, inspirada em fontes populares. Outra obra importante que precedeu às de Alexandre Levy foi a rapsódia para piano “A Sertaneja”, do diplomata e compositor Brasílio Itiberê da Cunha (1848-1913), composta em 1869. A canção usada foi “Balaio”, do sul do Brasil.

Mas isto não diminui a importância histórica de Alexandre Levy, que também se deve à qualidade de suas composições.

Em 1887 Alexandre Levy foi para a Europa para completar sua educação. Em Paris ele estudou harmonia e contraponto com Emile Durand, que haveria de ser também professor de Claude Debussy.

 

De volta a São Paulo, Alexandre Levy compôs algumas obras-primas até sua misteriosa morte prematura. Ao que se saiba não sofria de nenhum mal, mas subitamente faleceu, deixando já uma produção espantosa para quem teve apenas 28 anos de vida. “Um anúncio de gênio”, disse Mario de Andrade.

Alexandre Levy – Breve Resumo

Alexandre Levy, nascido em São Paulo no dia 10 de novembro de 1864 e falecido em São Paulo, no dia 17 de janeiro de 1892. Alexandre Levy foi compositor, regente, pianista, crítico musical, um dos precussores do nacionalismo musical Brasileiro e ainda considerado como responsável pela apresentação do Samba para aristocracia Brasileira e Mundial. Patrono da cadeira de número 29 da Academia Brasileira de Música. Alexandre Levy Apresentou-se em público pela primeira vez aos oito anos de idade e foi comparado a Mozart por sua precocidade e brilhantismo.

A Famíla de Alexandre Levy

Alexandre Levy era filho de Henrique Luiz Levy, seu pai era músico, comerciante de pianos e padrinho musical de Carlos Gomes, seu irmão, Luís Levy, tambem era músico e foi o primeiro professor de Alexandre Levy . Aperfeiçoou seus estudos de piano com o professor russo radicado na capital paulista Louis Maurice e com o francês Gabriel Giraudon, este, anteriormente mestre de outro gênio residente em São Paulo que foi Henrique Oswald.

Em 1860 seu pai fundara a Casa Levy, um dos mais tradicionais estabelecimentos comerciais de música em São Paulo em sua época, o que possibilitou que Alexandre Levy entrasse em contato com muitas figuras importantes na cena musical paulista e músicos viajantes.

A partir de 1880 Alexandre Levy começou a publicar composições próprias através de editoras européias, e em 1883 foi eleito diretor do Clube Haydn, importante associação musical da cidade que ajudou a fundar e onde regeu pela primeira vez em 1885. Dois anos depois Alexandre Levy viajou para a Europa para estudar com Émile Durand e Vincenzo Ferroni, retornando logo ao Brasil, quando começou a exercer a crítica musical na imprensa paulista, escrevendo nos jornais Província de São Paulo e Correio Paulistano sob o pseudônimo de Figarote.

Em sua obra de composição Alexandre Levy foi um nacionalista, utilizando temas do folclore brasileiro, área em que foi o precursor dentro do universo da música erudita nacional com as Variações sobre um tema popular brasileiro, de 1884, baseada na melodia Vem cá, Bitu!. Seu estilo deriva das escolas de Schumann e Mendelssohn.

 Antônio Carlos Gomes – Nascido em Campinas no dia 11 de julho de 1836 e falecido em Belém no dia 16 de setembro de 1896.

Antônio Carlos Gomes teve sua vida marcada marcada pela dor e dificuldade. Ainda criança perdeu sua mãe de forma trágica, que fora assassinada com vinte e oito anos de idade. Seu pai vivia em dificuldades para sustentar os filhos, trabalhava como empreiteiro e nas horas vagas fazia apresentações musicais em uma banda formada com seus filhos onde Carlos Gomes iniciou seus passos artísticos. Desde jovem mostrava amplo talento e facilidade musical.

Carlos Gomes faz suas primeiras apresentações em conjunto com seus irmãos na banda de seu pai, tocando em coretos, bailes e pequenos concertos Carlos Gomes alternava o tempo entre o trabalho numa alfaiataria, as apresentações na banda da família e o aperfeiçoamento dos seus estudos musicais.

A vida de Carlos Gomes dá uma guinada violenta quando Henrique Luiz Levy hospeda-se em sua casa. Nascido na frança em 1829, veio para o Brasil em 1848 e trabalhando como vendedor de joias pelas cidades do interior de São Paulo acabou conhecendo e tornando-se grande amigo do pai de Carlos Gomes, Henrique Luiz Levy costumava formar um dueto, ele á clarineta e Carlos Gomes ao piano.

Henrique Luiz Levy logo percebeu a capacidade e potencialidade musical de Carlos Gomes e solicitou ao pai de Carlos Gomes autorização para levar o garoto ao Rio de Janeiro para assistir uma ópera. O Pai de Carlos Gomes negou o pedido, pois Carlos Gomes era de suma importância para o sustento da família e faria muita falta em seu trabalho de alfaiate e principalmente, na banda da família.

Henrique Luiz Levy e Carlos Gomes

Com o tempo e a insistência de Levy, o pai de Carlos Gomes aceitou o pedido de Levy, e como tutor de Carlos Gomes rumaram não para o Rio mas sim para São Paulo aonde se hospedaram numa república de estudantes de direito da faculdade do Largo São Francisco, grato com a receptividade dos estudantes de direito Carlos Gomes escreve o Hino Acadêmico que passou a ser adotado como o hino da Faculdade de Direito do Largo São Francisco.

Na sua permanência em São Paulo apresenta-se acompanhado por Levy no Teatro Palácio de SP aonde Carlos Gomes executa algumas de suas composições, o que lhe rende algum dinheiro e seguem então Carlos Gomes e Levy para o Rio de Janeiro.

Pouco tempo depois em meados de 1859, o pai de Carlos Gomes recebe uma carta de seu filho. Carlos Gomes informa ao seu pai que não voltará para Campinas, explica seus motivos e permanece no Rio de Janeiro aonde deslancha para sua carreira musical de sucesso e renome.

A vida de Carlos Gomes

Após se fixar no Rio de Janeiro, com o apoio de Dom Pedro II, foi estudar na Europa aonde teve aulas com o maestro Lauro Rossi, e torna-se Maestro formado no Conservatório de Milão.

Estreou em 1870 no Teatro Scala de Milão sua ópera “O Guarani”, com libreto de Antônio Scalvini e baseada no romance homônimo de José de Alencar. Posteriormente encenada nas principais capitais europeias, esta ópera lhe rende a reputação de um dos maiores compositores líricos da época.

Nas comemorações do aniversário de Dom Pedro II, a ópera foi encenada no Rio de Janeiro e Carlos Gomes permaneceu alguns meses no Brasil, e depois retorna para e Europa e sob tutela do Imperador inicia a composição da “Fosca” que é mal recebida pela crítica, mas que ironicamente viria a ser reconhecida como sua obra mais importante de suas obras.

Carlos Gomes permanece na Europa aonde compõe “Salvador Rosa” (1874) e “Maria Tudor” (1879), retorna ao Brasil e faz uma temporada repleta de apresentações de sucesso nas principais Cidades do Brasil.

Com o fim do império Carlos Gomes perde o apoio oficial e deixa de ser nomeado diretor da Escola de Música do Rio de Janeiro, cargo que já estava acertado por Dom Pedro.

Doente, deprimido e em dificuldades financeiras, compôs seu último trabalho, “Colombo”, que dedicou ao quarto centenário do descobrimento da América. A obra foi encenada em 1892 no Teatro Lírico do Rio de Janeiro.

Em 1895, Carlos Gomes dirigiu “O Guarani” no Teatro São Carlos, de Lisboa, cidade em que foi condecorado pelo rei Carlos I. No mesmo ano, chegou ao Pará, já bastante doente, para ocupar a diretoria do Conservatório de Música de Belém, cargo criado pelo governador Lauro Sodré para ajudá-lo. Morreu em Belém, em 16 de setembro de 1896.

]Luíz Levy teve a sua formação marcada pelo ambiente de comércio de artigos musicais de seu pai e tornar-se-ia êle próprio prototipo do homem de negócios, empreendedor, capaz de criar êle próprio produtos e incentivar a procura. Os seus elos com a Europa, sobretudo com a França, derivados da origem familiar, foram intensificados através de seus estudos em São Paulo e em viagens à Europa.  Estudou piano com o Gabriel Giraudon, professor francês chegado a São Paulo em 1860. Visitou a Exposição Universal de Paris, em 1878, na companhia de sua mãe, ocasião em que se apresentou como pianista na Sala Erard. A família mantinha contactos com a Argentina, onde atuava o seu tio Sylvano Levy (+1925), professor do Conservatório Thibaut-Piazzini de Buenos Aires, também compositor. Apresentou-se, juntamente com o seu irmão Alexandre, no Club Unión Argentina. Alcançou mais tarde, com a sua Valse des Roses o primeiro prêmio de concurso Valsa Boston Francalanci efetuado em Buenos Aires.

Uma particular menção merece o interesse de Luís Henrique pela filatelia. Aqui tinha a oportunidade de aprofundar os seus conhecimentos culturais relativos às diversas nações, os seus contactos internacionais e com internacionalistas, unindo-os com questões de impressão e editoração. Fundou, em 1882, o Brasil Filatélico. Na Bélgica, com o nome de Louis Levy, publicou uma mazurca de salão denominada Timbrée, dedicada ao editor e filatelista Jean Baptiste Philippe Constant Moens (1833-1908), por ocasião de comemorações do Journal le Timbre Poste (1863-1887).

Participou ativamente do processo de difusão de novo repertório para música de câmara e sinfônica em São Paulo. Particularmente significativo sob o aspecto da cultura judaica de sua família pode ser visto a apresentação de obras de Felix Mendelssohn-Bartholdy (1809-1847) em São Paulo, entre outros o o Trio I em Ré menor op. 49, em 1885, e, em 1886, como solista, o Concerto em sol menor opus 25, este com a presença da família imperial.

Em 1896, compôs uma marcha fúnebre pela morte de Antonio Carlos Gomes (1836-1896), executada em missas do sétimo dia pela alma do compositor, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em homenagem póstuma a seu pai, dedicou-lhe a Gavota n° 5, op. 24 (Suplemento musical de Renascença, Ed. E. Bevilacqua).

Várias das composições de Luís Levy manifestam os seus estreitos elos com a cultura francesa, sendo o francês idioma praticado regularmente no âmbito de sua família e as suas obras em geral impressas em Bruxelas (Parfum parisien; Pleureuse; Mystère; Poudré, opus 23; Pourquoi partir?; Rêveuse, entre outras), Significaticamente, compôs uma valsa lenta como souvenir da Côte d’Azur de título Mimosa (6e. Valse Lente, dedicada a seu irmão Maurício).

Escreveu obras compostas para datas nacionais e de atualidade (Hino ao Quinze de Novembro, 1905; Voluntários da Pátria). Foi autor de várias valsas (por ex. Valsa Brilhante em Mi b op. 30; várias valsas lentas, tais como Humoresque op. 25), gavotas, mazurcas, romances (Madrigal op. 21), tangos (Tango Burlesco op. 26) habaneras (por ex. Tango em Ré, a Exequiel Ramos), outras peças para piano (por ex. Minuete-Improviso, dedicado a Alice Serva; Diálogo, romance sem palavras op. 26, dedicado a Sylvano Levy; Barcarola op. 10, em lembrança a um passeio de barco pelo rio Tietê). Criou também rapsódias com temas brasileiros (Primeira Rapsódia Brasileira op. 17, dedicada a Leopoldo Miguez; Segunda Rapsódia Brasileira, dedicada a Guiomar Novais). Algumas de suas obras foram adotadas oficialmente nos programas do Instituto Nacional de Música e do Conservatório Dramatico e Musical de São Paulo (Tango Grotesco op. 33, oferecido a J. Souza Lima; 4a. Valsa Lenta op. 32, oferecida a Vitória Serva Pimenta, publicada com revisão de J. Souza Lima pela Editora Vitale, São Paulo).

A partir de 1891, passou a gerenciar os negócios da Casa Levy. Como homem de negócios, realizou arranjos de peças estrangeiras para orquestras de salão.

“Luis era uma pessoa interessantíssima. Por vezes os arranjos eram pedidos, como por exemplo, certas orquestras de salão precisavam de músicas diferentes. Bem, ele atendia sempre, e aqui está: Honeymoon chinês – delícias da lua de mel – valsa.

Havia novidades dansantes de grande sucesso, como Adalgisa de V. Marsicano, Seduction, de Billi, Sorrisi e Baci, de Barbirolti, e Viúva Alegre de Lehar – músicas estas com arranjos de todos os tipos e gostos.

Luis escreveu, ainda Silver Dreams, que foi grande sucesso da Orquestra Tzigane do Automóvel Club”. (op.cit. 19)

Sob o nome de Ziul Y Vel publicou várias peças de cunho popular, entre elas: Gostosa (Schottisch); Captivaram-me os teus olhos (Polka, resposta a Teus Olhos Captivam, de E. Nazareth); Vicilino (Polka, resposta a Beija-Flor, de E. Nazareth); Natalina (Schottisch); Santos-Dumond (Marcha), Brigada (Marcha), Caboclo (Cake Walk), Sentimental (Tango), Pas de Quatre; Setenta y Cinco (Tango Argentino); No Morro do Cha (Polka-Maxixe); Para a Frente (Marcha); Marcha dos Alliados. Sob o nome de Yvu Leliz, publicou canções sertanejas com textos de Jose Eloy: Os Bezerro qué mamá; As Gallinha tão no chôco; Geca Tatú; Coruquerê; De Astromóve; A Frôrada.

O significado de Luis Levy para as relações entre o comércio musical e o desenvolvimento de uma música de cunho comercial, em geral para o estudo das relações entre economia e música no Brasil foi reconhecido simbolicamente com a escolha de uma de suas composições instrumentais para o repertório coral das alunas da Escola de Comércio, em arranjo de compositor amigo (Habanera op.31, com palavras de Augusto de Carvalho).

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